Já pensaste como me custa ficar assim, sem ti, sem ninguém? Apenas eu, e só eu. Simples vagabundo errante, por esse mundo fora ando, tento esquecer-te, apagar-te da minha memória, das minhas recordações, aqueles momentos que passámos juntos, poucos mas sempre bons. Fazia-te companhia e tu a mim, ficava só enquanto falavas com as tuas amigas, e perdia-me assim a olhar para ti. Imaginava um futuro a teu lado...
Ainda o faço e no entanto aí estás tu, e eu aqui fiquei, à espera de um dia talvez, voltar a ver-te, voltar a sentir-te, tocar os teus cabelos, sentir o teu perfume, ouvir a tua melodia que me enfeitiçou e levou contra as rochas da amargura, da solidão, assim perdido, esquecido, esventrado de qualquer sentimento por outro alguém senão tu. Abandonas o meu corpo moribundo nessa estrada perigosa, reflexo de um inferno...
Um inferno escuro, sombrio, de trevas deixadas assim, almas perdidas como a minha agora ficou. Procuro por ti, "procuro à noite um sinal de ti, quem eu não esqueci". E não quero esquecer, ficar sempre contigo é o que desejo, abraçado, enlacemos as mãos e assim fiquemos à beira rio, ver o tempo a passar, tudo a mudar e nós sempre iguais aos olhos um do outro, tu a mulher que amo, e eu o felizardo que quiseste aceitar.
Sem comentários:
Enviar um comentário