segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Errando por aí

Peço desculpa por apenas postar depois de tanto tempo, se alguém esperava outro post, é a eles que me dirijo. Acabei por ir ver o Rocky Balboa, cm o pessoal, devo dizer-vos que gostei do filme, principalmente devido à sua carga emocional, e aos valores que a ele estão adjacentes, coragem, humildade, e a necessidade de acabar o "trabalho", de desenterrar os males interiores e fumar o cachimbo da paz comigo próprio. Os caros amigos da casa onde vivo, ao Ivo e ao Pedro, e agora tb ao Fernando que passa lá mais tempo do na sua casa. A eles agradeço o facto de me aturarem, sei que sou um tipo dificil de compreender por vezes, mas é pelo que vivi, e pelo que aprendi cm a vida, que hoje sou quem sou. As nossas diversões acabam sempre em "porrada", e a cama do Pedro já n aguenta mt mais, acredito que a senhoria ainda nos expulsa de casa, mas tb cm uma renda dakelas ela k n espere grande coisa de nós. loool. Mudando de assunto. Quero deixar algo escrito msm antes de abrir a página desta postagem que é o seguinte.

Estou sentado à beira da minha secretária, a olhar para o computador, ouvindo Eric Clapton-Wonderful Tonight, e Michael Bublé-Home. Vagueio pelo universo que é a minha mente. É escuro, silencioso, errando pelo espaço desconhecido, interrogo-me como vai ser daqui em diante. Tenho 18 anos, passados em sofrimento e alegria, que estão agora deixados ao acaso no mundo. Tempo suficiente para ver e compreender que sem esforço, vontade, e trabalho não vou a lado nenhum na vida restante.
Hoje estive o dia todo em casa sem fazer nada, vendo notícias na net, os programas da MTV, ao "Dia D" da Sic Notícias cm o Marques Mendes, pensando no amanhã, próximo e longínquo, no de ir ao Dia de Defesa Nacional sofrer uma lavagem cerebral grátis, e na lavagem que a sociedade me dá e continuará a dar até ao fim, que ainda por cima pago. Pergunto-me se o que faço é por livre vontade, ou apenas uma influência subliminar dessa sociedade que acaba por nos atormentar.
Recuo aos meus tempos de secundário, recordo os meus amigos e amigas que deixei, lembro-me como se fosse ontem, as nossas aventuras, discussões, os nossos jogos por vezes excêntricos. No que elas pensavam, e eles diziam, o que nós fazíamos. Revivo nas minhas memórias o prazer de representar, cantar, falar. E agora só faço o falar, e mesmo esse é pouco. Sinto-me por vezes esquecido, sufocado, preso no meu mundo privado. Podem pensar que sou doido, mas no fundo não somos todos?
No secundário não tinhas esta sensação, todos perguntavam por mim quando não aparecia, o que tinha feito de novo, todos me davam os parabéns pelos meus desempenhos na representação, e na actuação. Sinto falta do medo inicial, antes de entrar em palco, do público, e a adrenalina seguinte assim que dava o primeiro passo nele (palco), fosse para o que fosse, ver os olhos das pessoas a brilhar, ao verem-me a mim, com os meus colegas e amigos da representação, ou os músicos. Pode-se dizer que sinto falta da importância que me davam e da ribalta. É disso que mais sinto falta, é isso que quero, e preciso.